Margarida Bonetti, “A Mulher Da Casa Abandonada”, é filha do médico paulistano Geraldo Vicente de Azevedo e neta de Francisco de Paula Vicente de Azevedo, um dos paulistas mais importantes do seu tempo, conhecido como o Barão de Bocaina.
Nascido na cidade de Lorena, em 8 de outubro de 1856, Francisco foi um fazendeiro, banqueiro e comerciante. O Barão de Bocaina, título que recebeu por decreto do Imperador D. Pedro II, fundou o Engenho Central de Lorena, primeiro empreendimento do gênero no Vale do Paraíba paulista.
Francisco vinha de uma família de posses. Era o filho mais velho do Coronel José Vicente de Azevedo e Angelina Moreira Vicente de Azevedo. O pai foi assassinado numa emboscada, em 1869.
Ao começar a trabalhar, acumulou terras para a plantação de café, principal produto de exportação brasileira naquele período. Suas terras tinham grande extensão – uma delas, a colônia de Canas, deu origem ao município de Canas. Por volta de 1880, optou por ingressar na política na cidade natal. Assim, assumiu a chefia do Partido Conservador e, posteriormente, elegeu-se vereador.
No ano seguinte, introduziu a correspondência expressa, até então desconhecida no país. Investiu em construções na cidade de Campos do Jordão, incluindo igrejas, escolas, hotéis, casas e a primeira estação climática da região.
Francisco casou-se com Rosa Bueno Lopes de Oliveira, com a qual teve quatro filhos: Francisco de Paula Vicente de Azevedo, Lavínia Vicente de Azevedo, José Armando Vicente de Azevedo e Geraldo Vicente de Azevedo, médico respeitado e pai de Margarida Bonetti.
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