No último domingo (10/11), o influenciador Leo Picon, conhecido também como irmão da atriz e influencer Jade Picon, se envolveu em uma polêmica ao criticar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa o fim da escala de trabalho 6×1. Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Leo expressou sua insatisfação com a proposta e levantou críticas, mas acabou sendo alvo de uma enxurrada de comentários negativos, o que o levou a intensificar sua postura nas redes.
O influenciador iniciou seu posicionamento questionando a real motivação por trás da proposta, liderada pela deputada Erika Hilton, e afirmou que a medida poderia resultar em efeitos negativos no mercado de trabalho. Leo mencionou preocupações como a redução de salários e a informalização de postos de trabalho, além da diminuição de investimentos privados no país. No entanto, suas declarações não vieram acompanhadas de dados ou análises aprofundadas que sustentassem essas previsões.
Após a repercussão negativa, Leo chegou a apagar o post original, mas voltou ao assunto na manhã de segunda-feira (11/11), repostando suas opiniões e reforçando suas críticas. Ele negou ser “herdeiro” ou possuir “grandes fortunas” e aproveitou para expandir seu ponto de vista, defendendo pautas como a redução da carga tributária sobre os salários e melhorias na infraestrutura, como creches em tempo integral.
Num tom inflamado, ele desabafou: “Meu pensamento é esse e se você discorda você tem todo o direito de ser burro. A burrice é plantada para que eles colham os frutos.” Esse comentário apenas intensificou as reações, com internautas acusando-o de elitismo e questionando sua falta de experiência sobre as realidades do trabalhador de baixa renda. Um usuário escreveu: “É muito fácil para um menino branco, loiro e rico opinar como deve ser a escala de trabalho do pobre, né?”.
Para tentar redirecionar a discussão, Leo passou a criticar a classe política, questionando por que os deputados não optam por diminuir o fundo eleitoral para aliviar a carga sobre o trabalhador. Ainda assim, ele continuou a ser alvo de críticas, com internautas apontando que a postura do influenciador reflete uma visão desconectada das condições enfrentadas por muitos brasileiros que vivem com o mínimo.
A PEC que propõe o fim da escala 6×1 ainda está em fase de coleta de assinaturas e precisa do apoio de pelo menos 171 deputados para seguir adiante. Enquanto isso, o debate sobre as condições de trabalho e direitos trabalhistas segue acalorado nas redes, e figuras públicas como Leo Picon se veem no centro de uma discussão que atinge tanto trabalhadores quanto empresários.
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