A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (19) quatro militares e um policial federal, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao general Braga Neto, que tramaram um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2022, após o resultado das eleições. O plano estava sendo chamado de “Punhal Verde e Amarelo” e seria executado em 15 de dezembro do ano passado.
Foram presos na Operação Contragolpe o general de brigada da reserva Mário Fernandes, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Além deles, foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares. O general Mário Fernandes foi ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro.
O plano golpista foi elaborado pelo geral. Ela chefiava o Comando de Operações Especiais do Exército, sediado em Goiânia e que é o quartel central dos chamados ‘kids pretos’, grupo ao qual pertencem os militares presos. É uma tropa de elite treinada para operações secretas e de alto risco.
O general também participou da reunião golpista liderada por Bolsonaro em julho de 2022 no Palácio do Planalto. Na ocasião, ele disse que “nós precisamos de um prazo para que isso aconteça”, quando se discutia o que fazer para impedir a posse de Lula. Além disso, frequentava o acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.
Conforme a PF, há registros da entrada do general Mario Fernandes no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em 8 de dezembro de 2022, quando se reuniu com Bolsonaro. Ele saiu 40 minutos depois.
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