Na manhã desta quarta-feira, 6 de novembro, Donald Trump fez história ao ser reeleito presidente dos Estados Unidos, se tornando o primeiro líder do país a assumir o cargo após ter sido condenado criminalmente. Com 277 votos eleitorais contra 270 da democrata Kamala Harris, Trump consolidou sua vitória em um momento marcado por controvérsias e debates acalorados.
Em maio deste ano, Trump foi considerado culpado em 34 acusações relacionadas ao pagamento secreto a Stormy Daniels, uma ex-atriz pornô, antes de sua primeira eleição em 2016. Essa condenação, que o tornou o primeiro ex-presidente a enfrentar processos judiciais, não impediu sua nova candidatura, já que a Constituição dos EUA não barra cidadãos com antecedentes criminais de se apresentarem para cargos públicos.
A situação é contrastante com o Brasil, onde a Lei da Ficha Limpa impede que condenados em decisão final se candidatem a cargos públicos por um período de oito anos. Nos EUA, basta que o candidato tenha mais de 35 anos, seja cidadão nato e resida no país há pelo menos 14 anos.
No discurso após a vitória, Trump expressou sua gratidão aos eleitores e fez questão de abordar sua política de imigração. “Vamos fechar nossas fronteiras e garantir que a entrada seja feita legalmente”, afirmou, reiterando suas posturas anti-imigratórias. Sua retórica tem sido fortemente xenófoba, responsabilizando imigrantes por crimes e desemprego, o que gera polêmica e divisões profundas no país.
A presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum Pardo, respondeu às ameaças de Trump de impor tarifas ao México caso não contenha a imigração. Ela destacou uma redução de 75% no número de migrantes na fronteira, mas também criticou a falta de entendimento dos partidos dos EUA sobre os esforços do México em lidar com a questão.
Com a reeleição de Trump, as tensões políticas nos Estados Unidos prometem intensificar-se. Enquanto muitos celebram sua vitória, outros temem as implicações de um líder que não apenas já enfrentou a justiça, mas que também continua a polarizar a nação com suas políticas e retórica. Este é um novo capítulo na história política americana, que certamente será analisado e debatido por muitos anos.
A pergunta que fica é: qual será o legado de Trump como o primeiro presidente condenado criminalmente? O tempo dirá se sua administração trará mudanças duradouras ou apenas mais divisão.
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