A segurança no trânsito é uma questão de suma importância, e o uso do capacete é uma prática que deve ser incentivada. No entanto, a situação atual na cidade de Cuité, na Paraíba, levanta questões importantes sobre a abordagem adotada pela prefeitura local.
Cuité é uma cidade de pessoas majoritariamente de classe baixa, muitas das quais dependem de motocicletas para seu sustento e transporte diário. Infelizmente, parece que a realidade socioeconômica desses cidadãos não está sendo levada em consideração pelas autoridades locais que ignoram o sofrimento da população.
Diante disso, o que parece é que essa informação não é de conhecimento dos políticos da cidade, principalmente do atual prefeito que ignora a situação daqueles que usam a moto para ganhar o sustento da sua família.
Estamos falando de uma cidade de trabalhadores, pessoas que acordam cedo para fazer essa cidade funcionar, por contrário ao que os contratados da prefeitura falam, não é o prefeito que faz a cidade funcionar, são todos os trabalhadores e trabalhadoras do município.
No decorrer de um programa de rádio, os vereadores da oposição, incluindo Gustavo Palmeira (MDB), expressaram críticas contundentes em relação às abordagens frequentes realizadas pelos Agentes do Departamento Municipal de Trânsito em Cuité.
“Essas blitz estão impactando negativamente o comércio local e gerando medo na população devido às multas”, afirmou o vereador ao abordar a questão.
O poder ao povo entrou em contato com o vice prefeito de Cuité ,Renan Furtado, ele lamentou a situação que se encontra o trânsito da cidade:”eu acho importante a conscientização, a política pública de conscientização do uso dos equipamentos de proteção individual. Mas não a forma que está sendo gerido para a geração de multas. Nosso povo já é muito sofrido. E não tem condições, jamais, de Cuité virar uma fábrica de multas. A gente tem que ter a conscientização, política pública de conscientização, para, posteriormente, serem implementadas essas questões que estão acontecendo. É algo lamentável, nesse sentido.” diz Furtado.
Embora o uso do capacete seja essencial para a segurança dos motociclistas, muitos moradores de Cuité lutam para arcar com o custo de um capacete. A prefeitura, em vez de fornecer mecanismos de apoio para ajudar esses cidadãos a cumprir as normas de segurança, optou por multar aqueles que não conseguem adquirir um capacete.
Como citado antes, o uso do capacete é necessário para a segurança do passageiro, mas será que todos tem condições de comprar um capacete ou dois? Será que dona Maria e seu João tem com quem deixar o filho para vir fazer suas compras? Ou vão voltar a andar de jumento como é conveniente aos políticos de situação da cidade de Cuité que não falam pelo povo.
A prefeitura de Cuité tem a responsabilidade de educar e apoiar seus cidadãos, em vez de penalizá-los. A segurança no trânsito é uma questão que afeta a todos, e a prefeitura deve trabalhar para garantir que todos os cidadãos tenham os meios para cumprir as normas de segurança e não oprimir como está sendo feito.
Há também alegações de privilégio e tratamento desigual na aplicação das leis de trânsito. Segundo relatos, veículos estacionados irregularmente em áreas de alto tráfego não são multados, enquanto os cidadãos comuns são penalizados.
O que é lamentável, é que as exigências sempre são escolhidas a dedo, se uma “pessoa comum” estaciona sua moto irregular é sujeito a multa, mas, segundo cidadãos de Cuité, “é permitido estacionar na contramão de frente a praça central”, obviamente, nenhuma autoridade do trânsito foi lá multar os carros irregulares. Porque será? Tem privilégio para alguns?
Esperamos que a prefeitura de Cuité reconheça a necessidade de uma abordagem mais justa e inclusiva para a segurança no trânsito. A cidade de Cuité é composta por trabalhadores que contribuem para o funcionamento da cidade, e eles merecem ser apoiados, não oprimidos. A segurança no trânsito é uma responsabilidade compartilhada, e todos devem ter a oportunidade de cumprir as normas de segurança de maneira justa e acessível.
O que nós do Poder Ao Povo lamentamos é que mesmo após tanta reclamação da população, a gestão não teve sensibilidade com aqueles que precisam do seu apoio, vale lembrar que, é o povo que faz a cidade funcionar seja na agricultura familiar que trás o alimento para a mesa da população ou no comércio local.
Esperamos que os políticos da cidade entendam para o que eles foram eleitos e façam alguma coisa para o povo.
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