O Rio Madeira, com seus impressionantes 1,5 mil quilômetros de extensão, enfrenta uma seca histórica que transformou drasticamente a paisagem e deixou comunidades ribeirinhas em situação de emergência. A imensa extensão de água desapareceu, dando lugar a montanhas de pedras e bancos de areia gigantes, onde anteriormente era possível nadar com segurança.
Moradores das comunidades ribeirinhas, que historicamente dependem das águas dos poços amazônicos, estão agora enfrentando a ameaça de ficar sem acesso à água limpa. Essas comunidades, divididas em três regiões ao longo do Rio Madeira – Alto, Médio e Baixo Madeira – estão unidas em uma crise preocupante.
“Aqui tá todo mundo sem acesso à água potável, os poços secaram e a água [que restou] está amarela, suja. Está uma crise horrível, tudo seco, as praias enormes”, relata Severino Nobre, morador e líder comunitário da comunidade de Cujubim Grande, no Médio Madeira.
De acordo com informações da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas estão sendo afetadas pela falta de água na região às margens do Rio Madeira. Lauro Fernandes, diretor técnico da Caerd, destaca a gravidade da situação: “Grande parte daquela população ribeirinha, que tem aproximadamente 15 mil pessoas, faz uso de poços tubulares profundos ou poços amazônicos e com a baixa do lençol freático, isso vem prejudicando muito a extração de água e consequentemente o uso de água própria para consumo humano.”
A situação crítica exige uma resposta imediata e coordenada para garantir que as comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Madeira tenham acesso à água limpa e segura. Os líderes comunitários e autoridades locais estão mobilizando esforços para encontrar soluções eficazes para enfrentar essa emergência hídrica que ameaça a vida e os meios de subsistência dessas comunidades.
O governo estadual e organizações não governamentais estão trabalhando em conjunto para fornecer assistência às comunidades afetadas, incluindo a distribuição de água potável, perfuração de novos poços e medidas de conservação de água. A esperança é que, com a solidariedade e ação rápida, a situação possa ser amenizada e as comunidades ribeirinhas possam superar essa crise sem precedentes.
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