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“Acabou aquele inferno lá dentro”, diz porteiro solto após 3 anos preso

O porteiro do prédio, Paulo Alberto da Silva, de 36 anos, foi solto na sexta-feira (12) após ficar preso por mais de três anos. Ele foi preso por causa de fotos retiradas de uma rede social que o identificaram como o suposto autor de crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou a libertação de Paulo Alberto, que foi preso em março de 2020 no Rio de Janeiro. Paulo Alberto saiu da prisão e ficou muito feliz em poder ver sua família novamente e se livrar da injustiça que sofreu.

Ele foi preso pela polícia civil de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, acusado de vários crimes, principalmente roubos. Na época, a foto dele foi adicionada ao banco de dados da polícia por meio de uma foto de uma rede social.

Ele foi processado em 62 casos criminais com base apenas em reconhecimento fotográfico. Além da sua soltura, os juízes do STJ decidiram que as 62 acusações devem ser extintas. Eles descobriram que Paulo Alberto foi vítima de racismo estrutural e erros sistêmicos durante a investigação.

O Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), que defendeu Paulo Alberto, elogiou a decisão e acredita que pode servir de base para outras absolvições. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também representou Paulo.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que desde 2020 orienta os delegados a não usarem apenas reconhecimento fotográfico para prender suspeitos. A instituição reconhece que o método é permitido por lei, mas não pode ser usado como prova única.

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